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Um Nanossatélite Gaúcho é lançado no Cazaquistão, por um Foguete Russo

Um nanossatélite gaúcho foi lançado no Cazaquistão, por um foguete russo, no último dia 22. O protótipo surgiu por meio de um projeto da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que fica no Rio Grande do Sul.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações realizou uma transmissão ao vivo para exibir a ocasião. O evento ia acontecer no dia 20, mas por conta de problemas de energia, foi adiado.

Isso porque o foguete Soyuz-2 apresentou falhas minutos antes de lançar. Em épocas antes da previsão de sua execução, a empresa Roscosmos, responsável pela nave, no Cazaquistão, anunciou o ocorrido. Esse fato deu origem ao segundo teste do modelo, que foi um sucesso total.

O lançamento do satélite ocorreu às 3h7min. O local escolhido foi o Cosmódromo de Baikonur, situado no Cazaquistão. A principal missão do aparelho é controlar a anomalia magnética do Atlântico Sul.

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Saiba mais sobre o Nanossatélite gaúcho

O NanosatC-BR2 surgiu de uma parceria entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Agência Espacial Brasileira (AEB).

Dessa forma, deve encontrar possíveis falhas nas redes de distribuição de energia, além de sinais de GPS, problemas de comunicação e em outros dispositivos eletrônicos. Também pode achar alterações nas funções de outros satélites.

As informações geradas a partir da atuação do nanossatélite gaúcho farão parte de uma base de dados que a Universidade mantém. Além disso, a base receberá informações dia a dia, contando sempre com atualização.

De acordo com as funções do equipamento, ele ficará em órbita. Logo, ocupará uma distância de pelo menos 600 km da Terra.

O nanossatélite gaúcho é pequeno, mas possui sensores capazes de entender sobre o tamanho do campo magnético da Terra. Sendo assim, o NanoSatC-Br2 possui a forma de um paralelepípedo. O protótipo tem medidas como 22 cm de comprimento, 10cm de largura e 10cm de altura. Ademais, pesa menos de 2kg

Além do NanoSatC-BR2, existem outros 36 satélites de18 países foram colocados em órbita. O valor total do protótipo gaúcho é de pelo menos cerca de R $3 milhões.

Nanossatélite gaúcho

Atuação

A parceria entre a UFSM e o INPE já ocorreu antes, na execução de outro nanossatélite gaúcho. O NanoSatC-BR1foi lançado em 2014, está em órbita há quase 7 anos e o seu lançamento ocorreu na base Yany, na Rússia. Em suma: o protótipo continua em atividade até hoje.

Outrossim, o NanoSatC-BR 3 já está sendo criado, porém ainda não possui uma data precisa para atuar. Apesar disso, as previsões incluem que o NanoSatC-BR4 também entrará em órbita, mas ainda não estabeleceram uma data.

Isso quer dizer que o projeto é contínuo, de forma que a produção se dê por pares. Assim, um assume o papel de modelo de voo e o outro de engenharia. Isso porque é preciso ter um nanossatélite em órbita e outro no solo, de modo que seja viável realizar testes e manter um diálogo com o que está no espaço.

O programa também se concentra na formação e integração de docentes universitários, alunos da graduação e da pós, pesquisadores diversos e interessados. As principais áreas de atuação são as ciências espaciais, saberes de computação, desenvolvimento de engenharias e tecnologias do espaço.

Espera-se que nos próximos lançamentos, reconheçam a capacidade e potencial da equipe envolvida no projeto. A parceria entre UFSR, INPE e ABS deve se manter para a execução das próximas empreitadas.

A partir do exposto, entendemos a importância do nanosatélite gaúcho. Além disso, é vital admirar o passo que o Brasil está dando para uma ciência mais autônoma. Também demonstra o potencial de nossos cientistas e o poder da universidade, que cada vez mais mostram sua importância.

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