Fintech traz Bitcoin para o PIX

No último dia 17, a empresa Alter fez um anúncio importante para o mercado financeiro digital: a fintech traz bitcoin para o PIX, além de outras criptomoedas.
O PIX é uma tecnologia desenvolvida pelo Banco Central do Brasil. Por meio dele, é possível fazer transferências bancárias instantâneas, em que o dinheiro chega na conta do destinatário na mesma hora.
Além disso, conforme ordenações do Banco Central, o PIX não cobra nenhum tipo de taxa para efetuar pagamentos. É um sistema totalmente gratuito e ilimitado: não há um número máximo de transferências – pelo menos até o momento.
Sendo assim, a fintech brasileira Alter comunicou que está adotando o PIX. Em uma parceria com a Dock, startup especialista em tecnologia financeira. Com esse feito, tornou-se pioneira na operação de criptomoedas por meio do PIX.
Para esclarecer: fintech é um termo que veio da junção das palavras financial e technology. As fintechs costumam ser startups que atuam para inovação e otimização de serviços do sistema financeiro. Essas empresas possuem custos operacionais menores em comparação às instituições que normalmente compõem o setor.
Assim, será possível realizar compras e vendas, além de transferência e saque das criptomoedas.
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O processo
A fintech traz bitcoin para o PIX sendo a primeira do setor de criptoativos a oferecer a integração por meio de uma chave própria. Assim, os clientes da Alter podem registrar uma chave PIX direto com a fintech, como ocorre com os bancos.
Apesar de ser um processo complexo, a Alter conseguiu tornar o serviço viável. Assim, além de prover uma estrutura realmente eficiente para as operações de criptomoedas, a fintech desenvolveu um sistema de alto padrão para captar operações fraudulentas.
Fintech traz Bitcoin para PIX em um momento em que a criptomoeda sofre uma crescente valorização. No entanto, desde seu surgimento, essa moeda digital tem dividido opiniões acerca de seu investimento ser ou não um bom negócio.

Fintech traz Bitcoin para PIX – mas e a polêmica do Bitcoin?
Um dos argumentos utilizados para quem torce o nariz para a moeda é o fato de ser extremamente volátil. Do mesmo jeito que pode sofrer uma alta impressionante, seu valor pode se perder na mesma velocidade.
Desse jeito, o investimento em criptomoedas, especialmente no bitcoin, possui caráter de alto risco. Além disso, no Brasil não há uma regulamentação específica para a moeda, de modo que o investidor não tenha garantias no caso de perdas.
Especialistas afirmam que esse aspecto gera na política das criptomoedas grandes oportunidades para a fraude e a manipulação.
Criada em 2009, o bitcoin atrai entusiastas e críticos no mundo dos famosos. Os gêmeos criadores do Facebook Cameron e Tyler Winklevoss são exemplos de personalidades que acreditam na criptomoedas. De acordo com o New York Times, eles têm cerca de US $64 milhões investidos em bitcoins.
Em entrevista recente, Jeremy Grantham, da gestora americana GMO, afirmou que o valor do bitcoin vai cair para zero. O britânico que é conhecido pela previsão da crise financeira em 2008, afirmou que a criptomoeda não possui valor intrínseco.
A Tesla também gerou um frisson no mercado financeiro digital. Isso porque o CEO da fabricante, Elon Musk, afirmou que a empresa começaria a aceitar Bitcoin para a compra de seus veículos.
Porém, um dia depois de seu pronunciamento, a criptomoeda resolveu dar um mergulho. Em suma: caiu 8% no dia, se aproximando dos 51 mil dólares e se distanciando do pico de 60 mil dólares na época.
Apesar do cenário incerto, a fintech traz bitcoin para PIX em um momento importante na história da criptomoeda. Além disso, o cenário operacional da movimentação de ativos tem mudado bastante no Brasil, o que deve gerar mais novidades nesse ramo em breve.