Notícias

Compra de 1,5 bilhão em bitcoins gera conflitos na Tesla

Recentemente, a Tesla, gigante tecnológica encabeçada por Elon Musk, comprou 1,5 bilhão de dólares da moeda digital conhecida como bitcoin. Ao contrário do que muitos esperavam, a compra gerou conflitos internos na empresa.

Para muitos especialistas, a compra por parte da Tesla significa um impulso que poderá resultar em mais emissões de gases de efeito estufa, uma vez que a criptomoeda consome bastante energia.

Esse possível resultado vai em contramão às práticas feitas em prol do meio ambiente por parte da gigante de Elon Musk e isso explica os conflitos internos da empresa.

Além da compra de 1,5 bilhão em bitcoins, a Tesla também afirmou que o bitcoin será aceito como pagamento nos futuros negócios.

Essas afirmações fizeram a criptomoeda atingir o seu patamar mais alto nos últimos anos.

Como funciona o bitcoin?

O bitcoin supervisiona transações financeiras e evita a necessidade de terceiros, como um banco ou instituição financeira, e recebe um valor de criptomoeda em troca deste serviço.

Entretanto, a falta de um banco obriga que os interessados neste mercado resolvam problemas de registros complexos, que poderiam ser resolvidos com o apoio de sistemas de segurança de grandes instituições financeiras.

Fora a problemática acima, uma pessoa que minera bitcoins também trabalha com hardwares de alto nível e, acima de tudo, de grande consumo energético.

Inclusive, se o bitcoin fosse um País, o consumo anual de eletricidade o colocaria em 30º no ranking de maiores consumidores, de acordo com o Cambridge Center for Alternative Finance.

Por que bitcoin faz mal ao meio ambiente?

O processo conhecido como mineração da moeda do bitcoin é feito de forma virtual, porém demanda um alto consumo de energia e isso resulta em emissões de gases de efeito estufa, que influenciam na crise climática.

Ou seja, a compra da Tesla e os novos anúncios fizeram o preço disparar e assim mais hardwares se dedicarão ao processo de mineração da criptomoeda.

Portanto, o resultado da compra de 1,5 bilhão de dólares de bitcoin vai em desencontro com a missão da Tesla de Elon Musk, que quer “acelerar a transição do mundo para a energia sustentável”.

Caso a promessa de usar o bitcoin como forma de pagamento no futuro se concretize, a empresa vai em contramão aos ideais e incentiva uma prática ineficiente por enquanto.

O que esperar da Tesla após compra de 1,5 bilhão em bitcoins?

Pode-se esperar que a compra da criptomoeda de 1,5 bilhão de dólares comprometa os planos relacionados ao consumo sustentável de energia por parte da Tesla.

Assim, os gastos energéticos por causa do bitcoin seriam somados às emissões indiretas da empresa, que também incluem a poluição ao longo do fluxograma de trabalho e na poluição emitida pela produção de produtos.

De acordo com o relatório de sustentabilidade 2018, as emissões classificadas como indireta pela Tesla representam boa parte da poluição da empresa. Ainda assim, vale notar que isso não chega a ser algo negativo, afinal os consumos de carbono são grandes nas maiores empresas do mundo.

Atualmente, os entusiastas do bitcoin procuram uma forma de eletricidade mais barata para aumentar os seus ganhos.

Sabe-se que na China, maior produtor da criptomoeda do mundo, a energia é produzida por carvão ou hidrelétricas usadas em estações chuvosas no País, sendo esta última a única fonte renovável e menos danosa ao meio ambiente.

Se considerar o aporte bilionário por parte da Tesla, é possível acreditar que Elon Musk possa trabalhar como um coordenador global para encontrar uma fonte de energia renovável para a produção de bitcoins.

Essa alternativa vai de encontro ao combate à mudança climática defendido pela Tesla e garante um retorno positivo em relação ao investimento bilionário pela Tesla.

Botão Voltar ao topo