Casa impressa em 3D adquire certificado de moradia e é colocada à venda nos EUA

Já pensou na possibilidade de morar em uma casa impressa em 3D? Nos EUA isso certamente é possível!

Há quem duvidou do potencial das impressoras 3D quando elas eram apenas uma tecnologia a ser consolidada.

No entanto, a empresa americana SQ4D, responsável por construir a primeira casa impressa em 3D do mundo, conseguiu certificação de moradia.

Dessa maneira, isso mostra não só o potencial da tecnologia, como as novas possibilidades criadas por ela.  

Conheça a casa impressa em 3D

            A empresa responsável afirma que o imóvel foi construído em 48 horas. Acima de tudo: utilizando como mão de obra somente três pessoas que manusearam o sistema operacional próprio para a construção.

Esse sistema é o Autonomous Robotic Construction System (ARCS, traduzido então por Sistema de Construção Robótica Autônomo).

Dessa forma, o software desenvolve a estrutura do imóvel, utilizando concreto. Também é responsável por produzir os dutos de energia.

Então, o processo ocorre de forma autônoma, com base nos modelos criados pelo computador.

Dessa forma, essa empreitada apresentou a construção de uma casa com área total é de 1400m², que possui três quartos, quatro banheiros e até uma garagem. Então, a construção se mostrou mais segura que as são estruturadas por vigas de madeira.

Além disso, o imóvel está localizado em Riverhead, no estado de Nova York, Estados Unidos. A cidade é a capital do Condado de Suffolk.

Contudo, é uma região belíssima, bastante preterida no estado. Sendo assim, reflete sua valorização no custo de compra de um imóvel.

Novas perspectivas para o mercado imobiliário

            O valor da moradia chama atenção. A casa impressa em 3D está a venda em um serviço imobiliário americano, o Zillow. Nessa linha, o imóvel custa USD 300.000, ou seja R$1,6 milhões (aproximadamente), com base na cotação atual.

De primeira análise o valor pode assustar, mas é preciso considerar que para a região de Riverhead, esse valor representa metade do preço dos imóveis da área.

            Dessa mesma forma, as perspectivas para esse tipo de imóvel certamente são muito favoráveis.

Curto período de produção, mão de obra reduzida e preços mais baixos de produção são, portanto, características bastante interessantes e proveitosas para o mercado imobiliário.

O empreendimento fez sucesso e a empresa responsável, a SQ4D, já almeja expandir a produção e atingir outras regiões, por exemplo, Nova Iorque e a Califórnia.

Essa iniciativa, entretanto, não é nova. Dessa forma, empresas como Apis Cor, Mighty Buildings e a ICON já possuem projetos nesse âmbito, que significa que muita coisa interessante deve vir por aí.

No Brasil.

A impressão 3D é um recurso de 1984, que veio com o objetivo de aperfeiçoar a fabricação de peças. Entretanto, o processo ocorre de forma bem mais elaborada.

Ou seja, acontece por meio de grandes maquinários complexos, cujo uso é bastante diversificado, capaz de promover vantagens incríveis.

Mas será que o Brasil está acompanhando as evoluções proporcionadas por essa tecnologia?

A statup InovaHouse3D concluiu, em julho, a primeira construção de uma casa em impressão 3D no Brasil. Então, o imóvel construído possui 66m2 e reside em Macaíba, Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Como resultado, casa possui uma sala e cozinha conjugada, dois quartos, banheiro e até uma área de serviços.

A empresa responsável pela construção identificou uma redução de custos no processo. Portanto, haveria uma queda de custos de 20% a 50% no período de levantamento paredes, comparado às construções convencionais.

Nessa linha, até o fim de sua construção serão realizados testes para verificar a segurança do imóvel.

O imóvel de Macaíba recebeu um feedback bastante positivo de startups internacionais. Certamente essas impressões aproximaram o nível de qualidade dessa empreitada com o de construções estrangeiras, que já investem nas impressões em 3D há mais tempo.

Apesar de ser uma tecnologia bastante promissora, ainda há bastante resistência por parte das construtoras no Brasil, considerando a dificuldade de inserir novas tecnologias desse tipo no mercado. Em suma: a impressão 3D tem muito potencial para ir além desses obstáculos.